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RIO MARIA: Policiais Federais compareceram ao julgamento

Os policiais federais Pedro Alexandre de Sousa Gonçalves e Francisco Aurélio Alves de Oliveira, sentam no banco dos réus nesta terça-feira (29) na comarca de Rio Maria. Eles chegaram ao município acompanhados de cinco advogados para responder à acusação de homicídio. Durante o julgamento serão ouvidas seis testemunhas, cinco de acusação e uma de defesa.

A acusação está sendo feita pelo promotor de Justiça da comarca local Franklin Jones e pelo promotor Daniel Menezes, que veio do Ministério Público de Belém para auxiliar na acusação.

Como já era esperado, várias faixas e cartazes com mensagens de pedidos de justiça foram colocados na porta do Fórum por familiares e amigos da vítima.

O júri está sendo presidido pelo juiz Edvaldo Saldanha. O auditório está lotado de familiares da vítima e de estudantes de Direito.


ENTENDA: Os policiais são acusados de matar em via pública, no centro da cidade de Rio Maria, o jovem Weder Alves da Silva, no dia 4 de janeiro de 2001. Os policiais estavam em Rio Maria fazendo parte de uma equipe que fazia a segurança do ex-prefeito Agemiro Gomes.

Além de atirar fatalmente em Weder, os federais também atiraram contra os jovens José Oliveira Ferreira Alves, Pedro Pereira dos Santos e Romildo dos Santos Luz, que estavam juntos com Wender, que morreu na hora.

Na denúncia do Ministério Público consta que antes do fato, os policias haviam passado por vários bares da cidade ingerindo bebida alcoólica, e que chegaram ao bar denominado ‘Fim de tarde’ e indagaram às pessoas que estavam no local sobre um veículo tipo van, branca, que havia minutos antes passado no local ‘cantando pneus’. Diante do silêncio das pessoas, o policial Pedro Alexandre, sacou da cintura uma arma de fogo e sob ameaças, obrigou um dos fregueses conhecido por ‘Jaburu’ a entrar no carro deles, e mostrar para onde a van teria ido. Porém logo em seguida, uma van apareceu e em ato contínuo os policiais dispararam inúmeros tiros em direção ao veículo onde estavam o motorista Wender Alves e os amigos José Oliveira, Pedro Pereira e Romildo Santos, todos jovens e filhos de famílias de Rio Maria.

Segundo a denúncia do MP, os primeiros tiros foram em direção a Wender, que dirigia a van e que morreu na hora. Em seguida atiraram nos pneus do carro e em direção dos demais jovens.

O promotor Franklin Jones disse que o Ministério Público vai pedir a condenação dos acusados por homicídio qualificado. Se forem condenados, poderão pegar penas de 12 a 30 anos.

O promotor disse ainda, que não tem previsão do tempo que vai durar o julgamento e que tudo depende do número de testemunhas que comparecerão. De acordo com o rito, primeiro serão ouvidas as testemunhas, em seguida os réus falarão e logo após ocorrera a votação dos jurados e por fim o veredito do juiz.


SUSPENSO:
Este julgamento era para ter ocorrido em 25 de outubro de 2018, mas foi suspenso pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, comarca de Rio Maria, após os acusados terem entrado com um processo de desaforamento, pedindo que o júri popular não fosse realizado em Rio Maria.

CONDENAÇÃO: O réu Pedro Alexandre de Sousa Gonçalves foi condenado em 21 de setembro de 2016, no Fórum Criminal de Belém, pelo assassinato de Reginaldo Correa em 2012. Ele foi sentenciado por homicídio culposo a 29 anos de reclusão, e mais 32 anos por ocultação de cadáver. Por conta disso, Pedro Alexander foi expulso da Polícia Federal.

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