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OURILÂNDIA DO NORTE: Irmãos condenados a 32 anos de prisão por duplo homicídio

Os três réus, um deles com julgamento adiado, e o advogado de defesa

Depois de mais de 15 horas de julgamento no Fórum de Ourilândia do Norte, sul do Pará que começou às 10h de quinta-feira (14), e terminou à 1h15 da madrugada de sexta-feira (15), o júri condenou cada um dos irmãos Natanael Rosa de Barros e Moisés Rosa de Barros a 32 anos de quatro meses de prisão. Eles foram jugados pelo assassinato de Chris Christoferson Andrade de Oliveira e Nerielson Borges de Carvalho, em agosto de 2015, na zona rural de Ourilândia do Norte.
Um terceiro réu, César Duarte Lima, que confessou sua participação no duplo homicídio, mas acusou também a dupla de irmãos, teve o processo desmembrado e vai aguardar novo julgamento. Ele incendiou o carro em que as vítimas foram assassinadas a tiros e está custodiado em penitenciária da capital.
A defesa dos réus, feita pelo advogado Wilson Hida, sustentou a tese de negativa de autoria. Disse aos jurados que eles são inocentes, pois não existe provas que os incriminem.
Já a acusação, feita pelos promotores Odélio Divino Garcia Júnior, de Ourilândia; e Carlos Fernando Cruz da Silva, de São Félix do Xingu, sustentou com veemência a participação dos dois réus no crime que chocou a população daquela região da Rodovia PA-279. Segundo eles, os elementos encontrados nas provas confirmam a tese de que os irmãos são os principais responsáveis pela morte dos dois homens.
Depois dos debates, o juiz Juliano Dantas Jerônimo, que presidiu o julgamento, suspendeu a sessão por duas horas, para que os jurados se reunissem. Após esse intervalo, ele retomou o julgamento e leu a sentença dos réus.

Christoferson Andrade de Oliveira e Nerielson Borges de Carvalho foram assassinados a tiros e tiveram os corpos queimados


DEFESA:
O advogado de defesa deixou registrado a ata do julgamento que vai recorrer da sentença. Segundo sustenta Wilson Hida, não há provas materiais de que os dois irmãos sejam os executores do duplo assassinato. Ele espera, na pior das hipóteses, reduzir o tempo da pena de Natanael e Moisés.
Raimunda de Oliveira, mãe de Chris Christoferson, agradeceu a todos os integrantes do sistema se segurança pública que colaboraram com as investigações para que a Justiça alcançasse os réus e eles tivessem o castigo merecido. Assim como agradeceu aos amigos de Tucumã e Ourilândia e à Imprensa que sempre deram apoio a ela.
O crime, segundo o processo, teve como mandante o fazendeiro, José Viera de Mattos, que já tem nas costas uma condenação de 60 anos de cadeia pela chacina da Fazenda Alana, em 2015, também em Ourilândia, quando foram assassinadas oito pessoas da mesma família.
No caso em questão ele devia R$ 20 mil a Chris Christoferson de Oliveira, dinheiro que pediu emprestado da vítima; e R$ 5 mil a Nerielson de Carvalho, de quem comprou sal.
Mattos é investigado ainda por fraude bancária uma vez que negociava com amigos e conhecidos a quantia de R$ 20 mil para que conseguisse empréstimos de R$ 1 milhão, do qual levava uma porcentagem, tendo conseguido fazer vários desses financiamentos. Ele também está aguardando julgamento pelo assassinato de Chris Christoferson e Nerielson.

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