Redenção

REDENÇÃO: Comerciantes do Município explicam a alta dos preços dos alimentos

O aumento principalmente do arroz e do óleo de soja foi o que mais chamou a atenção dos consumidores.

Todos os supermercados entrevistados afirmaram comprar as cargas do Rio Grande do Sul, que é o maior produtor de arroz do país.

Em Redenção (PA), não diferente de todo país, a alta dos preços no mercado tem assustado consumidores, especialmente tratando-se do óleo e do arroz. Nossa reportagem apurou a situação junto a comerciantes e o PROCON para encontrar respostas às maiores perguntas da população do município.

Os preços dos produtos / os preços da prateleira

As marcas de arroz ‘Tio Urbano’, bem como de óleo de soja ‘Sinhá’, ‘Soya, e ‘Vila Velha são as mais comuns encontradas nas prateleiras pelos consumidores de Redenção, diante do que indagamos aos representantes de supermercados sobre os preços dessas.

No Supermercado Brilhante, o proprietário Rogério Brilhante, informou que um fardo com cinco pacotes de arroz antes da pandemia era adquirido por R$110,00 a R$115,00 e atualmente não consegue encontrar para comprar dos produtores por menos de R$140,00. Já a caixa de óleo, era adquirida no valor de R$103,00 e hoje não chega ao supermercado por menos de R$150,00. Até o dia do fechamento dessa matéria (16), o preço de um pacote de arroz ‘Tio Urbano’, 5kg, no Brilhante saía por R$27,49, e o óleo ‘Sinhá’ por R$6.49.

No Supermercado Mundial, o gerente Cássio Barreto Tempone afirma que o fardo de arroz antes da pandemia era adquirido por R$105,00, porém hoje o Mundial adquire por R$141,50; já a caixa de óleo antigamente variava entre R$98,00 a R$105,00, e hoje compram por R$103 a R$120,00. O consumidor do Brilhante, até o dia 16, chegou a encontrar o preço do pacote do arroz ‘Tio Urbano’ por R$27,99, e o preço do óleo ‘Sinhá’ por R$7,99.

No Supermercado Flambuayam, o assistente de compras Cleber Sales informou que antes da crise o fardo do arroz chegava a ser comprado por R$105,00, e hoje eles compram por R$145,00. Já o óleo de soja antes era comprado por R$120,00 e nesses tempos já chegaram a comprar R$150,00. O preço das prateleiras no Flambuayam do arroz ‘Tio Urbano’ é de R$29,49, e do óleo ‘Sinhá’ é de R$6,49, pelo menos até o dia do fechamento desta edição.

Justificativa dos comerciantes

Todos os representantes dos supermercados entrevistados explicaram a alta dos preços como algo inevitável diante do atual cenário em que estamos vivendo. A pandemia obrigou as pessoas a cozinharem mais em casa fazendo aumentar a procura por alimentos. Devido à alta procura principalmente do arroz e óleo de soja, é gerada uma escassez que permite que os produtores aumentem o preço de suas safras. O comerciante que compra caro do produtor, não tem outra opção senão vender mais caro também.

A escassez que leva o produtor dos alimentos a aumentar preços para os comerciantes também é gerada pela alta do dólar que desvalorizou a nossa moeda brasileira. Dessa forma compensa bem mais para o produtor exportar os alimentos para outros países do que vender dentro do país. Assim, os demais países estão comprando em quantidade absurda e deixando o Brasil com menos.

A alta procura desses alimentos não é simplesmente gerada pela quarentena, mas também pelo recebimento do Auxílio Emergencial que deu mais poder de compra ao consumidor. Aliás, o Pará é o estado do Brasil que mais recebeu o auxílio do governo, tendo sido 4,12 bilhões injetados na economia, segundo o portal do Governo Federal. Diante disso, vale destacar a fala do comerciante Cleber Sales do Flamboiã: “muito em breve vai ter dinheiro e faltar produto”.

O que o PROCON do Município tem a dizer

O Coordenador do Procon Valdinei Aleixo da Silva afirma que o PROCON notificou alguns mercados de Redenção para que apresente notas fiscais, para fazer uma comparação e médias de preços e saber realmente quem está aumentando os preços. Ele destaca que não é uma questão municipal, é uma questão nacional generalizada e o PROCON de Redenção não está atuando sozinho nela.

“O que for feito caracterizando um aumento acentuado, a gente passa o relatório ao PROCON estadual e o SENACON, Secretaria Nacional do Consumidor em Brasília, para que tome as devidas atitudes. Acredito que as providências que já estão sendo tomadas pelo Governo Federal para tentar sanar essa sangria possam ser boas soluções, tais como as isenções de impostos para a importação de arroz e outros produtos. Acredito que com uns 30 a 60 dias comece a baixar esses preços”. Disse Valdinei Aleixo. (da redação)

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