
Dois acusados de integrar uma ORCRIM – organização criminosa – ligada ao tráfico internacional de drogas foram condenados pela Justiça Federal. As sentenças são resultado das investigações da Operação Flak, deflagrada pela Polícia Federal, que revelou um esquema milionário de transporte de cocaína em aviões e até em um submarino artesanal.
Segundo a decisão da 4ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Tocantins, assinada pelo juiz André Dias Irigon, o grupo era chefiado por João Soares Rocha, apontado como líder da quadrilha, e tinha Fábio Coronha da Cunha como braço direito. As penas dos dois somam mais de 20 anos de prisão.
João foi condenado a 12 anos de reclusão em regime fechado, além do pagamento de multa. Já Fábio recebeu pena de 10 anos e dois meses, também com multa. A defesa de Fábio afirmou ter recebido a decisão “com surpresa”, alegando que “não houve apreensão de entorpecentes durante as investigações” e que a condenação se baseou “em suposições de que havia droga em uma aeronave que caiu no oceano e nunca foi localizada”. A defesa informou que vai recorrer da sentença.
Esquema internacional: As investigações apontaram que a organização criminosa atuava há cerca de 20 anos, especializada no transporte de cocaína da Colômbia e da Venezuela com destino ao Brasil, Estados Unidos e Europa.
De acordo com o processo, João Soares financiava e coordenava o esquema, providenciando aeronaves, hangares, fazendas e meios logísticos para o tráfico. Ele também recrutava pilotos e mecânicos para operar os voos clandestinos. A Justiça destacou ainda que João possui extensa ficha criminal e ficou foragido por quatro anos, até ser preso em março de 2024, na divisa do Brasil com o Paraguai. Atualmente, ele está detido na Unidade Penal de Palmas.
Fábio Coronha, segundo a sentença, atuava diretamente na execução das operações e tinha “plena ciência da dimensão ilícita e internacional das atividades”. Ele responde em liberdade. (A Notícia Portal com informações AF Notícias/ Foto? Reprodução)





