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Representantes do Pará entregarão ao Ministério da Agricultura documento contendo medidas protetivas contra a monilíase

O convite para a participação dos representantes dos três estados da Região Norte, além do Pará, partiu do diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), Jamir Macedo. Foto: Mateus Costa – Ascom Sedap

Na próxima quinta-feira (13), representantes do Pará apresentarão ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), um documento contendo as medidas protetivas para contenção e prevenção da monilíase nas plantações de cacau e de cupuaçu nos estados da região Norte. A doença é causada pelo fungo Moniliaphthoraroreri, que acarreta lesões no interior do fruto e progride para a parte externa, o que ocasiona manchas, necrose e a formação de um pó branco. No documento, que será entregue ao ministro da agricultura pelo titular da Sedap, Giovanni Queiroz, constará o encaminhamento das preocupações e reivindicações com relação às medidas protetivas.

A carta, que será finalizada até esta quarta-feira (12), terá a contribuição de representantes dos estados do Pará, Amazonas, do Acre e de Rondônia, que estiveram reunidos nesta terça-feira (11), na sede da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), para apresentar um panorama das ações que estão sendo realizadas para combater a monilíase.

Os representantes de Rondônia participaram de maneira virtual da reunião, que foi presidida pelo titular da Sedap, Giovanni Queiroz, que na próxima quinta-feira (13) terá agenda com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, quando entregará o documento que é fruto das discussões tiradas no encontro desta terça-feira.

O convite para a participação dos representantes dos três estados da Região Norte, além do Pará, partiu do diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), Jamir Macedo, que é o presidente do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa). Ele ressaltou a importância da integração entre as agências de defesa agropecuária dos estados mais ameaçados com a praga. “Nós estamos apoiando essas agências para que elas possam conseguir debelar esses focos, hoje nós tivemos um momento, também, em que esses estados puderam trazer a sua experiência de atuação no combate ao foco, tudo para que a gente possa se fortalecer e possa já prever e como agir caso haja o foco dessa doença no estado do Pará e atuar de maneira forte e rápida no combate à prevenção dessa praga”, frisou o titular da Adepará.

O Pará e Rondônia, conforme foi ratificado na reunião, não apresentam nenhum foco registrado, diferente do que ocorre no Acre que registrou o primeiro foco em 2021 e no Amazonas, que registrou o início da doença no final do ano passado. No entanto, como advertiu o secretário Giovanni Queiroz, há necessidades da intensificação das ações preventivas e de combate aos focos com a máxima urgência para evitar a chegada no Pará, em especial, onde mais de 30 mil produtores sobrevivem da cultura cacaueira. “ A chegada da monilíase acarretaria num imenso prejuízo à cultura cacaueira “, observou o gestor da Sedap, que complementou :“ Nós temos a necessidade de um aporte maior de ações que o Ministério da Agricultura e Pecuária(Mapa)pode nos dar”, avaliou o secretário.

Ele frisou que a Pasta federal da agricultura já tem posições com relação à monilíase que é uma preocupação de alguns anos. “Vamos buscar junto ao Governo Federal uma sensibilização ainda maior para que ele nos socorra com ferramentas que nos permita melhor combater esta praga que, sem dúvida nenhuma, seria desastrosa particularmente para nós do Pará. Nós produzimos mais de 90% do cacau da Amazônia, somos exportadores, temos a melhor amêndoa do mundo e seríamos penalizados fortemente com a entrada da monilíase”, destacou o secretário.

Recursos- Ele disse que o Pará já vem trabalhando preventivamente, através da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) e da Sedap, antes mesmo da descoberta dos focos no Acre. O Pará, como informou Giovanni Queiroz, através dos recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cacauiculturado Pará (Funcacau), investe na capacitação de técnicos do Estado ao Peru. Já foram investidos cerca de R$ 2,5 milhões em ações preventivas.

Entre elas, como observou Queiroz, a ida de técnicos a Taraponto, no Peru, para um treinamento prático na identificação e medidas de controle contra a monilíase. Além do Pará, também participaram técnicos de Roraima, Rondônia, Amazonas e Acre.

“No que se refere ao estado do Pará, o governador Helder Barbalho tem se preocupado desde o primeiro momento que foi alertado. Há cinco anos nós temos mandado comitivas sendo financiadas pelo Funcacau, incluindo profissionais dos órgãos federais de outros estados; enviamos servidores da Sedap e da Adepará para que possamos capacitá-los para o enfrentamento e identificação da monilíase, que nos ameaça todos os dias”, enunciou Giovanni Queiroz.

O financiamento inclui, também, a aquisição de equipamentos tecnológicos para combater os focos da monilíase. O Funcacau é coordenado pela Sedap. (A Notícia Portal/ Agência Pará)

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