Nos julgamentos que foram adiados, o principal acusado, Ricardo Pereira não sentaria no banco dos réus, não seria julgado. Ele confessou com detalhes, como ele matou as duas mulheres. Enquanto os dois casais acusados sempre negaram envolvimento no crime.
Durante audiência de custódia na presença do juiz, Ricardo Pereira afirmou que matou sozinho. Durante interrogatório no Ministério Público ele também inocentou os dois casais.
Mas mesmo não tendo juntado prova que evidencie a participação dos dois casais, a polícia os apontou em inquérito, a filha, genro e o casal de amigos da missionária como participantes do crime.
Para muitos a ausência do principal acusado no juri, dificultaria o esclarecimento do caso a população, porém agora com Ricardo presente no juri, certamente os jurados e opinião pública terá mais facilidade para entender o que realmente aconteceu naquela noite.
Este julgamento já foi adiado por duas vezes e agora está marcado para acontecer nos dias 11 e 12 do próximo mês. Os dois casais de réus, Aline Vaz e Jean Altamir (Filha e genro), Weslei Costa e Euzilene Alves (Amigos) também serão julgados.
PRESSÃO NA DELAGACIA: Ricardo é réu confesso, ele se entregou a polícia um dia após cometer o crime e alegou que foi possuído por um espírito maligno. Em entrevista, ele disse que foi pressionado pelo delegado que presidia o caso a citar outros nomes das demais pessoas e na expectativa de ter sua pena aliviada, citou Aline, Jean, Weslei e Euzilene.
FALTA DE PROVAS: A polícia não conseguiu juntar ao inquerido elementos comprobatórios de que os demais acusados estiveram no local e na hora do crime. Porém, é perceptível que a maioria da opinião pública é apta a versão divulgada pela polícia.
Inclusive, um seguro de vida citado em determinado momento pelos delegados, nunca existiu. Como também a versão de que a filha e o genro pretendiam vender a casa da vítima, não se concretizou.
PROVAS: As provas que podem ajudar a desvendar o crime, não foram valorizadas no inquérito, como o depoimento do vendedor que dormiu na cada de Jean e Aline na noite do crime, como também imagens de circuitos de segurança que poderia mostrar os horários que Aline e Jean chegaram e saíram de sua residência na noite do ocorrido.
Certamente os jurados, defesa e acusação terão muito trabalho para desvendar o que de fato aconteceu.
RELEMBRANDO O CASO:
A religiosa e cabeleireira Francisca de Souza e sua amiga Joanice Oliveira foram encontradas mortas em cena de violência no dia 10 de dezembro de 2017. A filha de Francisca é acusada de encomendar a morte e ajudar mais quatro pessoas a matar a própria mãe. As investigações mostram muitas falhas. (A Notícia Portal, redação)