Assim como o pai, Flávio também vai se juntar à sigla. Recentemente, o senador anunciou o seu desligamento do Republicanos. A troca de partido aconteceu para que ele ajudasse o presidente a encontrar uma nova legenda para disputar as eleições do ano que vem.
“É motivo de muita honra ser convidado para entrar num partido em que, talvez, eu devesse ter me filiado lá atrás. Me sinto um dos fundadores, participei da escolha do nome. Minha vinda para esse partido é para somar. Quero fazer um convite para que a gente forme o maior partido do Brasil a partir das eleições de 2022”, disse o parlamentar.
“Agora, com Bolsonaro na Presidência da República, não tenho dúvida que a gente pode construir partido maior ainda que o PSL”, acrescentou o senador.
Bolsonaro enfrentava dificuldades na negociação com uma série de partidos porque exigia o comando da sigla. Para se filiar a uma nova legenda desde que deixou o PSL em 2019, o presidente não abriu mão de querer ter poder para controlar os diretórios regionais da agremiação que o acolhesse.
Desentendimento
O Patriota se dispõe a correr o risco ao abrir as portas para o chefe do Executivo, o que tem provocado desentendimento entre alguns filiados. O presidente e o vice-presidente do partido, Adilson Barroso e Ovasco Resende, respectivamente, tinham opiniões distintas sobre convidar Bolsonaro para fazer parte do quadro da legenda.
Barroso defende a filiação do mandatário e diz que, com Bolsonaro, o Patriota será “grande”. Na convenção desta segunda, ele reclamou que se dependesse de Resende, o presidente da República “não vinha nem se desse o mundo para ele”.
“Mas graças a Deus, ele vem hoje para o partido por causa da amizade sem pedir uma bala. Aqui no Patriota ele confia em mim e não quer nada de nós”, destacou o presidente do partido.