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Pará registra 12 amputações de pênis decorrentes de câncer em 2023

Médico da FCecon, Giuseppe Figliuolo, durante cirurgia urológica. Foto: Divulgação

O Pará teve 12 amputações de pênis de janeiro a novembro de 2023, por conta do câncer de pênis. Em todo ano de 2021 e 2022, foram feitos 13 e 15 procedimentos cirúrgicos de retirada de órgão genital masculino, respectivamente. Os números são do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS). Por outro lado, os números do Painel Oncologia, do Ministério da Saúde, indicam que os casos de câncer de pênis no Pará vêm diminuindo: em 2021, foram 49 confirmações; no ano seguinte, 38, e em 2023 mais 28 ocorrências.

Para o coordenador estadual de Saúde do Homem, Diego Cutrim, falar sobre o tema é algo que diz respeito à higiene que o homem, desde menino, deve ter para lavar corretamente o pênis com água e sabão, puxando o prepúcio para a limpeza da glande, que deve ser feita diariamente e após as relações sexuais.

Entre os fatores do risco, além da má higienização, há a infecção por HPV (grupo de mais de 100 vírus que podem ser prevenidos por meio de vacina) e fimose (daí a importância da cirurgia de postectomia, também conhecida como circuncisão, nos casos em que se faz necessária).

“Entre as orientações, também disseminamos informações aos usuários para que procurem as Unidades Básicas de Saúde para começar a fazer uma avaliação geral, o chamado check-up, em caso de sintomas iniciais”, reforça o coordenador estadual de Saúde do Homem, da Sespa, Diego Cutrim.

Ele frisa, ainda, que o câncer de pênis é impactante não só pela mutilação e sofrimento que acarreta, mas também pela alta mortalidade que acompanha a doença nas fases mais avançadas.

Segundo o protocolo do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pênis começa discreto, sem sintomas, com pequenas lesões que não se curam. Mais da metade dos pacientes demora até um ano após as primeiras lesões aparecerem para procurar o médico. Grande parte dos diagnósticos acontece quando a doença já se encontra em estágio avançado, levando a maioria dos casos a tratamentos cirúrgicos severos, como a retirada do pênis e a emasculação, que consiste na retirada do pênis, escroto e testículos, trazendo consequências físicas, sexuais e psicológicas ao homem.

Por isso, a Sespa destaca que é importante o diagnóstico ser realizado em estágio inicial para evitar o desenvolvimento da doença e possibilitar terapias menos agressivas. O tratamento depende da extensão local do tumor e do comprometimento dos gânglios inguinais (ínguas na virilha). Cirurgia, radioterapia e quimioterapia podem ser oferecidas. Nas lesões superficiais, a realização de postectomia e tratamento local com medicamentos é possível em alguns casos. (A Notícia Portal/ O Liberal)

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