Uma equipe da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) recebeu, na manhã desta quarta-feira (6), a Comitiva Precursora da “Rota da Seda Marítima na Amazônia”. A Fapespa recebeu os chineses e apresentou o seu programa de trabalho, atuação e função institucional, além de oportunidades de pesquisas para empresas chinesas no Pará.
A visita dos chineses busca estabelecer parcerias comerciais, realizar intercâmbios de conhecimentos, possíveis colaborações e fortalecer as relações sino-brasileiras, de acordo com a Comitiva Precursora da “Rota da Seda Marítima na Amazônia”.
“Tratamos sobre possíveis parcerias com a delegação chinesa da Sino-Lac para fomento de pesquisas na área de bioeconomia. Existe uma possibilidade muito grande, pois a China tem uma tradição e um know-how técnico muito grande em várias áreas como a de fármacos, de bioinsumos, na área de psicultura, aquicultura. Então, são todas possibilidades de parcerias que nós vamos explorar no futuro e quem sabe trazer mais recursos para a nossa instituição de pesquisa, de ciência e tecnologia”, destacou o presidente da Fapespa, Marcel Botelho.
Na comitiva chinesa estiveram Zhuhai Sino-Lac Supply Chain Co., Ltd, Guangdong Nongfengbao e Universidade de Hohai. Entre os participantes da reunião estavam Chen Lihua, Tan Jianrong, Chen Xiaozho, Xu Lina, Zhu Shiqiang, Elena Xu e Marcius Nei Silva dos Santos.
Durante o encontro, os chineses apresentaram as possibilidades de parcerias, entre elas o projeto de processamento de biofertilizantes, em parceria com a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). Na oprotunidade, o representante da comitiva agradeceu a recepção da equipe Fapespa e falou da importância da visita à Instituição.
“Ficamos muito felizes com esta reunião, porque através deste encontro pudemos saber que há muitas potencialidades na cooperação, aspectos da tecnologia entre a China e o Brasil, esse é o primeiro ponto. E o segundo ponto é saber que a nossa cooperação não precisa ser somente na área da ciência, mas também temos outras áreas de pesquisa para a nossa cooperação. Entendemos que o Brasil precisa de mais cooperação em tecnologia, e da nossa parte podemos oferecer tecnologia em áreas de pesquisa e esperamos que as parcerias possam ser muito boas para a nossa cooperação”, avaliou Chen Lihua, professor da Hohai University e chefe da comitiva.
Intercâmbio – Prestes a completar 50 anos de relações institucionais entre Pará e China, em agosto de 2024, o encontro fortalece essa aproximação e desenha possíveis novas e promissoras parcerias institucionais e comerciais para ambos os países.
Essa relação com os chineses teve início em 2017, com profissionais da Codec e a Zhuhai Sino-Lac Supply Chain Co. Ltd, buscando fortalecer as relações comerciais entre os mercados chinês e o paraense. A Sino-Lac tem interesse em ampliar sua atuação na América Latina por meio de negócios, informações e cooperação de mercado, proporcionando ao Pará um corredor logístico para exportação.
O presidente da Fapespa explica que essa parceria é interessante para o estado do Pará, pois os chineses têm um know-how técnico muito grande em muitas áreas do conhecimento científico. “São mais de duas mil universidades, todas elas de ponta, reconhecidas mundialmente. E fazer essa parceria certamente vai trazer uma alavancagem muito grande para as nossas próprias instituições. Não só na formação de profissionais altamente qualificados, mas também na estruturação dos nossos equipamentos de pesquisa aqui no Pará”. (A Notícia Portal/ Agência Pará)