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XINGUARA: Dívidas deixadas pelo ex-prefeito resultam em Decreto de Emergência Econômica e Administrativa

Servidores e fornecedores sem receber. Somente para a previdência, a prefeitura deve mais de R$ 85 milhões. Parcelamentos comprometem ainda mais as finanças de Xinguara.

Xinguara é um dos municípios polos da região Araguaia.

De acordo com relatório técnico, o ex-prefeito de Xinguara, Dr. Moacir Pires de Farias (UB), entregou a prefeitura para a nova gestão com um grande rombo nas contas públicas. A folha de pagamento em aberto (sem recursos em conta para pagar), dívidas com fornecedores, precatórios vencidos, empréstimos bancários, parcelamentos e dívidas previdenciárias inviabilizam a atual gestão.

O relatório aponta que o governo de Dr. Moacir deixou de pagar a folha dos servidores de dezembro e o 13º salário de 2024, totalizando R$ 7,2 milhões. Também consta que a ex-gestão deixou de pagar R$ 5 milhões à previdência, referentes às contribuições dos servidores dos meses de novembro e dezembro de 2024.

BLOQUEIO DE VERBAS: Pelo não pagamento da previdência referente aos meses de novembro e dezembro de 2025, a Receita Federal decretou o bloqueio de R$ 2 milhões no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (principal receita da prefeitura) de Xinguara. Contabilistas atestam que a perda de R$ 2 milhões na arrecadação de Xinguara causará danos aos serviços públicos municipais. O primeiro bloqueio de R$ 2 milhões já foi realizado no repasse do FPM de hoje.

R$ 80 MILHÕES: O relatório também aponta que o ex-prefeito Dr. Moacir, durante os quatro anos de sua gestão, não repassou corretamente o pagamento ao INSS, gerando uma dívida de R$ 80,1 milhões. Dias antes de deixar o governo municipal, Dr. Moacir Pires fez um parcelamento do montante da dívida previdenciária acumulada, resultando em parcelas mensais de mais de R$ 1 milhão para as próximas gestões de Xinguara pagarem.

No decreto consta que a ex-gestão deixou de pagar a previdência, gerando um acumulo de mais de R$ 80 milhões.

O saldo negativo deixado pelo governo de Dr. Moacir inclui muitas outras dívidas que atrapalham a normalidade dos serviços no município. Outro ponto crítico é a parte estrutural da administração: o relatório evidencia a falta de ambulâncias, carros de suporte, medicamentos, além de laboratórios e equipamentos sem manutenção. No setor de obras, é apontado o sucateamento do maquinário, comprometendo a manutenção de ruas, estradas e a coleta de lixo.

Diante desses fatos, o atual prefeito não viu outra opção senão decretar o Estado de Emergência Econômica, Financeira e Administrativa no município. A nova gestão acredita que o decreto possibilitará meios que contribuirão para regularizar a situação caótica em que se encontra a prefeitura de Xinguara. (A Notícia Portal / da redação)

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