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Piloto de submersível desaparecido disse que “quebrou algumas regras” para construí-lo

CEO da OceanGate, Stockton Rush afirmou em entrevistas que burlou etapas "com lógica e boa engenharia" e que, em dados momentos, segurança é "puro desperdício"

Stockton Rush, CEO da OceanGate, visto em 2017.
Shannon Stapleton/Reuters/FILE

Stockton Rush, o CEO da OceanGate e uma das cinco pessoas no submersível desaparecido no Atlântico Norte, cultivou uma reputação como uma espécie de Jacques Cousteau moderno – um amante da natureza, aventureiro e visionário.

Rush, de 61 anos, abordou seu sonho de exploração em alto mar com entusiasmo e pouco apreço por regulamentações – um padrão que ganhou destaque desde a noite do último domingo, quando seu submersível, o Titan, desapareceu.

“Em algum momento, a segurança é puro desperdício”, disse Stockton ao jornalista David Pogue em uma entrevista no ano passado. “Quer dizer, se você só quer estar seguro, não saia da cama. Não entre no seu carro. Não faça nada.”

Em outra entrevista, Stockton se gabou de ter “quebrado algumas regras” em sua carreira.
“Acho que foi o general MacArthur quem disse que você é lembrado pelas regras que quebra”, disse Rush em uma entrevista em vídeo com o Youtuber Alan Estrada no ano passado.
“E eu quebrei algumas regras para fazer isso. Acho que as quebrei com lógica e boa engenharia por trás de mim.”
Exploração oceânica
Rush disse acreditar profundamente que o mar, e não o céu, oferece à humanidade a melhor chance de sobrevivência quando a superfície da Terra se torna inabitável.
“O futuro da humanidade está debaixo d’água, não em Marte”, disse ele a Estrada.
“Teremos uma base debaixo d’água… Se destruirmos este planeta, o melhor bote salva-vidas para a humanidade está debaixo d’água.”
A subindústria comercial é “obscenamente segura”, disse ele à Smithsonian Magazine em 2019, “porque eles têm todos esses regulamentos. Mas também não inovou ou cresceu – porque eles têm todos esses regulamentos.” (A Notícia Portal/ CNN BRASIL)

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