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Governador do Pará, Helder Barbalho é alvo de busca em operação da PF sobre compra de respiradores

Polícia Federal apura aquisição de equipamentos por R$ 50 milhões. Além de Helder, sócios de empresa e servidores são investigados. Governo do Pará diz que verba foi ressarcida aos cofres públicos e pede na Justiça indenização dos vendedores dos respiradores.

A Polícia Federal realiza na manhã desta quarta-feira (10), a  Operação Bellum, que tem como objetivo apurar a  existência de fraude na compra de respiradores pulmonares  pelo governo do Pará para ajudar no  combate ao coronavírus. São 23 mandados de busca e apreensão no Pará e mais seis estados.

Um dos alvos de busca é o  governador Helder Barbalho (MDB). Além dele, os sócios da empresa investigada e servidores públicos estaduais são investigados. As buscas foram realizadas nas residências dos investigados, em empresas e, também, no palácio dos despachos, do governo, e nas secretarias de estado de Saúde, Fazenda e Casa Civil do estado do Pará.

Indícios levantados pela Procuradoria-Geral da República apontam que o governador tem relação próxima com o empresário responsável pela concretização do negócio. Mostram, ainda, que sabia da divergência dos produtos comprados e da carga de ventiladores pulmonares inadequados para o tratamento da Covid-19 que foi entregue ao estado. Além do contrato dos respiradores, a organização ligada a este empresário foi favorecida com uma outra contratação milionária, cujo pagamento também foi feito de forma antecipada, no valor de R$ 4,2 milhões.

Em nota, o governo do estado diz que “reafirma seu compromisso de sempre apoiar a Polícia Federal no cumprimento de seu papel em sua esfera de ação” e destaque que o “recurso pago na entrada da compra dos respiradores foi ressarcido aos cofres públicos por ação do Governo do Estado”. O governo também afirma que “entrou na justiça com pedido de indenização por danos morais coletivos contra os vendedores dos equipamentos.”

No dia 12 de maio o governador Helder Barbalho determinou à Procuradoria Geral do Estado (PGE) impetrar um mandado de segurança para barrar as investigações sobre a comercialização dos respiradores, que deveriam ser usados pelos pacientes da covid-19 nos hospitais públicos do Pará. A alegação do governo paraense era que o inquérito é um ato ilegal, pois os recursos da compra dos equipamentos não são federais, portanto, não caberia à PF o inquérito para apurar as denúncias do Ministério Público Federal.

Helder é o 2º governador alvo de operação da PF sobre contratos relacionados ao combate ao coronavírus. O  primeiro foi Wilson Witzel, do RJ, em maio.

Segundo a PF, a compra dos respiradores custou ao estado do Pará o valor de R$ 50.400.00,00. Desse total, metade do pagamento foi feito à empresa vendedora do equipamento de forma antecipada, sendo que os respiradores sofreram grande atraso na entrega, além de serem diferentes do modelo comprado e não funcionarem no tratamento da Covid-19, razão pela qual foram devolvidos.

Polícia Federal realiza buscas na casa do governador, Helder Barbalho

Os crimes sob investigação são de fraude à licitação falsidade documental e ideológica, corrupção ativa e prevaricação e lavagem de dinheiro.

 

PRONUNCIAMENTO:

 

Em uma postagem nas redes sociais, Helder diz está tranquilo e a disposição para o que for necessário na investigação. Por fim, o mesmo esclarece que não é amigo do empresário e, não sabia que os respiradores não funcionariam.

(Com informações de G1 PARÁ)

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