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Brasileiro desaparecido em rave em Israel atacada pelo Hamas é encontrado morto

Informação foi confirmada ao GLOBO pela tia do jovem na noite desta segunda-feira

O brasileiro Ranani Glazer, desaparecido desde sábado após o início do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, foi encontrado morto, informou a tia do jovem ao GLOBO na noite desta segunda-feira. Até a publicação desta matéria, a morte ainda não havia sido confirmada pelo Itamaraty. Glazer estava na rave Universo Paralello, que foi invadida por homens armados no sábado. O evento acontecia no deserto de Negev, perto de Re-im, no sul de Israel, a menos de 20 quilômetros da Faixa de Gaza.

— O Exército de Israel foi até a casa do meu irmão, pai do Ranani, que também mora em Israel. É tudo o que sabemos. Não temos informações de como e onde (o corpo foi encontrado) — conta Karen Glazer, tia do jovem.

Glazer era brasileiro-israelense, tinha 24 anos de idade e natural do Rio Grande do Sul. Ele morava em Israel há sete anos e prestou serviço militar no país. Nos últimos dias, o jovem fez uma série de publicações em suas redes sociais de eventos em Tel Aviv, capital de Israel. Em seu perfil no Instagram, havia postagens recentes nos stories em que ele compartilhou vídeos da rave da qual participava, marcando Gaza na localização.

Ranani Glazer chegou a gravar um vídeo diretamente de um bunker, onde se abrigou logo após o ataque começar: “Foi cena de filme”, disse, afirmando que precisou correr quilômetros para achar um lugar seguro para se esconder.

— No meio da rave a gente parou num bunker, começou uma guerra em Israel, pelo menos a gente está num bunker agora, seguro — disse.

O gaúcho namorava uma outra brasileira, Rafaela Treistman, que também estava no evento no momento dos ataques e sobreviveu. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Treistman conta que ela, o namorado e o amigo do casal, Rafael Zimerman, se esconderam dos terroristas usando corpos das vítimas. No momento em que as autoridades israelenses chegaram ao bunker, no entanto, Glazer havia desaparecido. Zimerman foi resgatado junto com ela, foi hospitalizado e teve alta no último domingo.

— O bunker em que nos escondemos foi metralhado por integrantes do Hamas e depois jogaram gás para todo mundo morrer asfixiado, e foi quando comecei a pedir a Deus para sobreviver. Eu me senti em Auschwitz — relatou Rafael, que agora mora com amigos em Herzylia, próximo a Tel Aviv. — Eu só me senti seguro quando cheguei no hospital.

Ao menos 260 corpos foram encontrados no local onde acontecia o festival Universo Paralello, organizado pelo pai do Dj Alok, o também DJ Juarez Petrillo. Dezenas de pessoas que foram à rave ainda estão desaparecidas, informou a organização de resgate israelense Zaka no último domingo. (A Notícia Portal/ O Globo)

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