De autoria da deputada Ana Cunha, presidente da Comissão da 1ª Infância, Criança e Adolescente (Cdica) da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), foi realizada uma Sessão Especial na tarde desta segunda-feira (25), com o tema da Campanha da Fraternidade: “Fraternidade e Educação – Fala com sabedoria, ensina com amor “, com base no livro de Provérbios, capítulo 31, versículo 26.
No Brasil, é a terceira vez que a Igreja aprofunda o tema da educação em uma Campanha da Fraternidade. Segundo a igreja, um dos objetivos deste ano é impulsionar a reflexão pelo pacto educativo global, convocado pelo Papa Francisco no ano de 2019. A Alepa entende a importância do tema e tem se comprometido com ações relacionadas à educação do Pará.
A solenidade deu início por volta das 14h30 com a chegada da Rainha da Amazônia, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, conduzida pela Guarda de Nazaré. Segundo a proponente da solenidade, deputada Ana Cunha, não se pode falar em educação sem amor e respeito. “Falar da Campanha da Fraternidade sem a presença da mãe de Jesus é inaceitável. No que se refere à educação, Ela sempre foi amorosa, virtuosa, caridosa, respeitando a todos. É preciso educar com amor. Nossa Senhora de Nazaré nos ensina com suas palavras doces e firmes”, comentou a parlamentar.
O Cônego Vladian Silva Alves, diretor geral da faculdade Católica de Belém e Pároco da Paróquia da Santíssima Trindade, falou sobre a oração da Campanha da Fraternidade. “Pai Santo, neste tempo favorável de conversão e compromisso, dai-nos a graça de sermos educados pela Palavra que liberta e salva. Livrai-nos da influência negativa de uma cultura em que a educação não é assumida como ato de amor aos irmãos e de esperança no ser humano”.
“O tema nos ajuda a refletir sobre a educação que estamos proporcionando ao nosso público. É necessário reflexão. Educação nos remete à escola, mas a educação se faz em vários locais e se inicia em casa e se leva também ao local de trabalho. Vivemos em um tempo de individualismo, no entanto, temos que viver para a construção de um mundo melhor. Deixar uma semente e dar frutos em nossa vida e comunidade”, disse o Cônego Roberto Cavalli.
O professor de Química Eduardo Almeida disse que “a Campanha da Fraternidade traz vários pontos que são essenciais. O escutar é um deles. Devemos saber escutar o aluno, as pessoas, assim como Jesus nos ensinou. Nesses últimos dois anos, muitos se isolaram devido a pandemia, deixamos de escutar muitas pessoas. É necessário escutar a realidade dos alunos e jamais sermos insensíveis a sua realidade”, afirmou.
Márcia Bittencourt, secretária municipal de educação de Belém, fez um breve relato sobre a educação municipal. “Ensinar com saberia é o que fazemos. A gestão atual olha a realidade da educação no município, pública e privada, que possuem ângulos diferentes. Criamos o programa Bora Pra Escola, estamos incentivando nossas crianças para ir à escola. Nossa prioridade é alfabetizar Belém. Há 11 mil pessoas que não são alfabetizadas na capital. A pandemia deixou muitas crianças órfãs, muitas moram com vizinhos e parentes. Temos um compromisso com a educação, precisamos da ajuda de todos e esse tema irá nos ajudar”, disse.
“Educação é atribuição da família e do Estado, mas muitas crianças e adolescentes sofrem violência e abuso sexual no seio familiar. Temos que falar com sabedoria com nossas crianças e adolescentes”, completou.
Lady Anne de Souza, Coordenadora da Pastoral da Educação Regional Norte 2, entregou à deputada Ana Cunha uma carta inspirada na campanha da fraternidade e do pacto educativo global e na Amazônia. Na carta, ela solicita mais políticas públicas direcionadas à educação no Pará. A campanha da fraternidade começa sempre na quarta-feira de cinzas. A sessão finalizou com o cântico “Ave Maria”, “Vós sois o lírio mimoso” e “Senhora da Berlinda”, levados pelos músicos Mauro Viana e Felipe Ryan Viana.
Fonte: Assembleia Legislativa do Pará