Polícia

Mulheres pedem justiça em caso bárbaro de violência doméstica em Araguacema – TO

Suposto agressor foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira (14). Entenda o caso.

Ireni Almeida Chaves, de 39 anos/ Foto: Divulgação.

Causou grande comoção nos moradores de Araguacema, interior do Tocantins, o caso bárbaro de violência doméstica ocorrido no início desse ano de 2021. Narra a dona de casa Ireni Chaves que, na noite de 3 de janeiro foi espancada pelo ex-companheiro, Jonas Britto Bukoski, com murros e pontapés. Logo em seguida, foi levada para um matagal, onde tentou assassina-la com uma arma de fogo tipo espingarda. A vítima conseguiu fugir e o agressor chegou ainda a persegui-la, dizendo que “iria terminar o serviço com o facão”.

Ireni contou que caminhou cerca de 8 quilômetros pela mata fechada e lavouras da região. Ela estava descalça e seus pés ficaram cortados e  teve escoriações e cortes por todo o corpo, ocasionadas pela caminhada através da mata cerrada. Após quase 24 horas, chegou a uma estrada vicinal e foi ajudada por um casal que passava pelo local. Ela foi encontrada com o ferimento na cabeça, apresentando hematomas no olho direito, abdômen e nas pernas.

Após, ela foi levada ao Hospital de Araguacema e encaminhada ao Hospital Regional de Paraíso, onde recebeu os primeiros socorros. Os projéteis esféricos de chumbo ficaram alojados em sua cabeça e a vítima aguarda nova avaliação médica, que decidirá se ela será submetida ou não à cirurgia. Hoje Ireni se encontra com quadro de infecção tópica no local do tiro.

Veja o vídeo do relato da vítima . Clique aqui.

Movimento apoia Irene e pede Justiça

Solidarizadas com a situação de Ireni, mulheres da cidade de Araguacema criaram grupos nas redes sociais e mobilizam uma manifestação hoje (14),   a partir das 17 horas, em frente à Delegacia e ao Fórum, para pedir a condenação do agressor. Grupos com cerca de 600 participantes discutem formas de prestar ajuda à dona de casa, para que ela possa se tornar independente economicamente do ex-companheiro e lutar na justiça pela guarda das filhas e ter condições de cria-las sem a ajuda dele.

Advogada da vítima também pede a prisão da companheira legal de Jonas Buskoki

Em nota, a advogada de Ireni, Dra. Fernanda Martins da Silveira, disse que pediu a decretação da prisão preventiva também da esposa legal de Jonas Bukoski, Márcia Zanoni Bukoski, dados os indícios de que o crime foi premeditado por ambos e que ela estava presente na casa no dia das agressões, mas não prestou socorro ou tentou dissuadir o marido de continuar a espancar Ireni. A advogada também informou que após o crime, testemunhas relataram que Márcia declarou que Ireni havia saído num carro desconhecido e estava fazendo uso de remédios controlados, numa tentativa de acobertar tanto o modus operandi quanto a autoria do delito.

A advogada informa ainda que solicitou ao Delegado responsável pelas investigações que apure também o crime de lesões corporais praticado contra a filha mais velha da vítima, pois, foi verificado que a violência doméstica é praticada também contra a jovem. As medidas judiciais para Ireni reaver a guarda de fato das filhas menores já estão sendo adotadas e que espera a conclusão das investigações para ajuizar o pedido de reparação civil por danos materiais e morais.

O suposto agressor foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira (14).

 

 

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