A história de Irene, de 39 anos, quem contou ter passado 11 anos presa a um relacionamento onde sofria torturas psicológicas e físicas por parte do companheiro, comoveu a comunidade e deu início ao movimento “Somos todos Irene”, encabeçado por mulheres da sociedade e apoiado por lideranças de vários seguimentos, políticos, religiosos e empresariais.
No fim da tarde desta quinta-feira (14), em Araguacema – TO, ocorreu uma caminhada em manifestação pela causa que teve inicio em frente a Delegacia, ao lado do presídio, e terminou em frente ao Fórum. Cerca de 150 pessoas estavam presentes, bem como a Polícia Militar. O protesto foi pacífico.

Pessoas de outras cidades da Região se deslocaram para participar, como Lucinéia Martins (Néia Salomão), apoiadora da causa e empresária na região, que afirmou:
“Não existe mulher que gosta de apanhar. Amor com violência é doença, e em briga de marido e mulher, se mete a colher sim. O que depender do nosso grupo, nós faremos o possível para erradicar e reduzir esses atos criminosos e ajudar mais Mulheres a serem libertas dessa crueldade”
Uma das lideranças desse movimento, é a Agência de publicidade LUMIDS que irá produzir um documentário contando a história de Irene e como foi a mobilização da sociedade na busca por justiça, que culminou na prisão, preventiva até então, do suposto agressor.
Em Caseara – TO, na manhã do mesmo dia, mulheres ativistas, em grupo de cerca de 30 pessoas, também realizaram um protesto, na Praça Central do Município, segundo a Agência Tocantins.
Irene está abrigada, na companhia dos filhos, enquanto aguarda pela condenação e punição do investigado. Ela segue tomando remédios prescritos e espera a retirada dos fragmentos de bala alojados na cabeça.
(Amélia dos Santos, com edição da Redação An10)
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