
O governador Helder Barbalho decretou estado de Emergência Zoossanitária no Pará com o objetivo de prevenir, controlar e mitigar a ocorrência de Influenza Aviária H5N1 de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves silvestres, marinhas e domésticas. Conforme o decreto publicado no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (29/5), a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) será responsável por coordenar as ações de vigilância, prevenção e controle da gripe aviária em território paraense, em articulação com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e demais órgãos federais.
Desde a confirmação do primeiro caso de gripe aviária em granja comercial no país em Montenegro, em um matrizeiro de aves na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), no dia 16 deste mês o Pará registrou pelo menos dois casos suspeitos envolvendo aves de criação de subsistência, ou seja, de pequena produção da agricultura familiar, no município de Eldorado do Carajás. No entanto, a plataforma de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves, do Ministério da Agricultura, aponta que as suspeitas registradas no estado foram descartadas.
Nesta quarta-feira (28/5), um novo foco de gripe aviária foi registrado no Brasil, desta vez em aves silvestres, em Minas Gerais. A gripe aviária preocupa produtores e agências de defesa agropecuária devido à sua alta taxa de mortalidade entre as aves.
Segundo o decreto assinado pelo governador Helder Barbalho, a Adepará deve instituir as diretrizes gerais necessárias à execução das medidas de prevenção da doença no estado. “Fica autorizada a participação de todos os órgãos e entidades da Administração Estadual, no âmbito de suas competências, bem como das instituições privadas, federações, associações e sindicatos ligados à avicultura paraense, na forma da lei, em medidas de apoio às ações necessárias para prevenção da ocorrência da Influenza Aviária H5N1 de Alta Patogenicidade (IAAP) e mitigação dos efeitos danosos correlatos”, diz o documento.
As ações estarão focadas na gripe aviária incidente em aves silvestres marinhas e no risco de sua disseminação para criações de subsistência e para a avicultura industrial do estado. “Os municípios, bem como as entidades privadas no Estado do Pará, deverão observar as orientações expedidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) relativas às medidas e ações de prevenção, controle e monitoramento”, acrescenta o documento.
Essa não é a primeira vez que o Pará decreta emergência zoossanitária como forma de prevenção à gripe aviária. Em 2023, a medida também foi adotada pelo estado com o objetivo de conter riscos, danos e agravos à agropecuária e à saúde pública. O decreto atual, publicado nesta quinta-feira, tem vigência de 180 dias. (A Notícia Portal com informações do O Liberal/ Foto: Divulgação Agência Pará)