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Eguchi diz que ação da PF contra ele “não é sobre corrupção”, mas não fala sobre sacola de dinheiro

O delegado da Polícia Federal, Everaldo Eguchi, usou a sua rede social hoje (16) para dizer que no momento oportuno dará uma entrevista coletiva para esclarecer todos os fatos ocorridos na manhã da quarta-feira(14), quando a Polícia Federal fez buscas e apreensões na casa dele, cumprindo determinação da justiça federal.

Ele disse que sempre vai preservar a verdade, provando a sua inocência neste processo interno de 2018, que trata de violação de sigilo funcional “e não de corrupção, como está sendo veiculado em alguns meios de comunicação”.

Delegado Eguchi foi alvo de busca e apreensão da PF | Foto reprodução

Eguchi afirma que como funcionário público e delegado federal acredita na integridade da PF e seguirá levantando a bandeira de combate à corrupção. Na nota, o delegado federal não fala sobre a grande quantia de dinheiro que os federais encontraram na casa dele.

Como já foi noticiado, a Justiça Federal afastou o delegado de suas funções por supostamente vazar informações sigilosas da própria corporação. Ele também teve a casa revistada em cumprimento de mandados judiciais, quando os federais encontraram sacolas recheadas de dinheiro, até então, sem procedência legal.

O fato se deu durante a operação Mapinguari, que investiga ainda seis empresários suspeitos de envolvimento com a exploração ilegal do minério manganês. Eles teriam sido avisados, com antecedência, pelo delegado Eguchi, sobre uma operação ocorrida em 2018 que investigava a exploração ilegal de manganês na região de Marabá. O pedido de afastamento do delegado foi feito pelo Ministério Público Federal, após as investigações da Polícia Federal.

No pedido, o MPF considerou graves os fatos relatados pela PF, que “indicam que o investigado tem se valido de sua função na Polícia Federal para alcançar fins ilícitos e ilegítimos, havendo ele se apropriado, de maneira pouco republicana, do aparelho estatal para privilegiar interesses próprios”. Para o MPF, o afastamento do delegado era necessário até para evitar que ele tente interferir nas investigações.

Na madrugada de hoje, antes de a PF fazer busca e apreensão na casa dele, Eguchi postou em sua página no Facebook, ao lado de duas pessoas, a seguinte mensagem: “Sempre sou surpreendido ao ser abordado nas ruas por pessoas que querem demonstrar apoio e carinho. Isso me deixa feliz, pois sei que vocês acreditam realmente nos valores que defendo, nos nossos projetos e na busca de fazer o melhor para nossa sociedade. Muito obrigado. O apoio de vocês é muito importante”.

Nesta manhã, os policiais foram até a casa do delegado Eguchi, localizada na passagem do Arame, próximo a Dr. Freitas, no bairro da Sacramenta, onde deram o bote. A investigação começou em 2018 e trata especificamente da violação de sigilo funcional ocorrida durante o desencadeamento da “Operação Migrador”, trabalho de investigação feito pela Delegacia de Polícia Federal de Marabá, que apurava a atuação de organização criminosa de exploração ilegal de minério de manganês.

O vazamento trouxe prejuízos para investigação, já que os investigados tiveram conhecimento antecipado da ação policial, acarretando a não localização de alguns alvos no dia da operação.

Agora, a Polícia Federal trabalha para responder à pergunta que toda a população de Belém – onde ele foi candidato a prefeito -, e por tabela, o Pará, já que ele é cotado para ser candidato ao governo, quer saber: de onde veio tanto dinheiro, do esquema do minério ilegal ou da última campanha?

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