Um ato que ocorre esta manhã, na Praça da República, em Belém, protesta contra proposta de redução de pisos salariais de profissionais de saúde que tramita no Congresso.
O ato, que reúne cerca de 50 enfermeiros e enfermeiras, estaria vinculado ao dia de paralisação da categoria, previsto para ocorrer hoje em todo o Pará. De acordo com a Justiça, os enfermeiros não poderiam dar início a qualquer paralisação no serviço.
“A paralisação para a data de hoje foi definida em nível nacional pela Federação da categoria da enfermagem, com o intuito de reforçar a importância do trabalho da enfermagem e a necessária definição de um piso salarial digno e uma jornada de trabalho humana e digna.
A despeito de ter obedecido a Lei de Greve, a Federação das Unimeds propôs ação visando impedir a justa manifestação da categoria. A liminar foi concedida determinando a suspensão do movimento sob pena de multa de R$ 100 mil”, comunicou o Senpa esta manhã à redação integrada do jornal O Liberal.
Ato contra redução de piso salarial
Os enfermeiros e enfermeiras que participaram na manhã desta quarta de um ato na Praça da República criticam o Projeto de Lei 2564/20, que reduz o valor do piso salarial para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.
O PL, de autoria do senador Fabiano Contarato, da Redes-ES, originalmente regulamenta que o valor do piso salarial para esses profissionais seja de R$7.315 e fixa a quantidade de horas trabalhadas em 30 horas semanais, porém a emenda estabelece que seja reduzido o piso para R$ 4.800. A proposta para os profissionais técnicos de enfermagem é de pelo menos 70% desse valor referencial mensal e para os auxiliares de enfermagem e parteiras, 50% da quantia estipulada.
No Pará, o protesto e a decisão foram determinados em reunião realizada no dia 24 deste mês, com participação de enfermeiros de 10 municípios paraenses. A deliberação do Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Pará (Senpa) foi a favor da paralisação, inicialmente, que poderia resultar em greve.
Fonte: O Liberal