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Deputada Federal Bia Kics chama de herói o soldado da PM que foi morto após ‘surtar’ e efetuar disparos de fuzil em Salvador

Soldado alternava momentos de lucidez com acessos de raiva, acompanhados de disparos; ele foi baleado após 3h30 de negociação com a polícia

Após disparar contra guarnições no Farol da Barra, em Salvador, soldado foi baleado e morto

O soldado Wesley Góes da Polícia Militar (PM) da Bahia foi atingido por pelo menos dez tiros no Farol da Barra, em Salvador, na noite deste domingo. Os disparos foram efetuados por agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da corporação, que desde às 14h, por mais de quatro horas, tentavam negociar com homem que aparentava estar em “surto psicótico” enquanto manuseava e acionava em público um fuzil e uma pistola.

A Deputada Federal Bia Kicis (PSL-DF) classificou como “herói” o soldado Wesley, “Esse soldado é um herói. Agora a PM da Bahia parou. Chega de cumprir ordem ilegal”, escreveu Kicis, no Twitter. Existe a possibilidade, ainda não confirmada, de que o protesto do PM se deu por conta da obrigação que lhe estava sendo implicada pelo estado da Bahia de efetuar prisões de trabalhadores e pais de família  durante a pandemia.

Wesley trabalhava na 72ª CIPM há pelo menos quatro anos e era noivo. Em nota, a Polícia Militar lamentou o ocorrido e disse que “todos os esforços foram feitos por um final pacífico durante um possível surto de um PM”.

Logo após o PM ser baleado, jornalistas tentaram se aproximar do local e foram atingidos com balas de borracha. Forças policiais queriam afastar os profissionais de imprensa. O Sindicato de Jornalistas da Bahia condenou “veementemente o comportamento dos policiais envolvidos” no episódio. A instituição avalia que não havia “qualquer necessidade de agir daquela maneira pois os jornalistas estavam trabalhando e não representavam qualquer ameaça aos PMs ou à operação.

De acordo com relatado o soldado foi “neutralizado” e socorrido no Hospital Geral do Estado (HGE), no centro da capital baiana. Chegou a dar entrada no hospital em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Não há informações sobre outros feridos.

Wesley trabalhava na 72ª CIPM há pelo menos quatro anos e era noivo. Em nota, a Polícia Militar lamentou o ocorrido e disse que “todos os esforços foram feitos por um final pacífico durante um possível surto de um PM”.

A SSP diz ainda que, além dos tiros, o soldado arremessou grades, isopores e bicicletas no mar. O comunicado relata que ele “alternava momentos de lucidez com acessos de raiva, acompanhados de disparos”. O rosto do homem estava pintado de verde e amarelo, cores da bandeira do Brasil.

O comandante do Bope, major Clédson Conceição, afirmou que o objetivo do batalhão na operação foi preservar vidas e aplicar a lei, ” Buscamos, utilizando técnicas internacionais de negociação, impedir um confronto, mas o militar atacou as nossas equipes. Além de colocar em risco os militares, estávamos em uma área residencial, expondo também os moradores” disse Conceição. (da redação, com informações do CNN)

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