Na última segunda-feira (14), começaram a circular imagens impactantes da segunda etapa da desintrusão da área Apyterewa, situada em São Félix do Xingu, no sul do Pará. As fotografias revelam cenas de casas destruídas e animais abandonados, provocando uma onda de comoção e críticas. A operação, iniciada pelo Governo Federal em 9 de novembro, visa cumprir determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para devolver a área aos indígenas Parakanã e promover a preservação ambiental.
O anúncio da segunda etapa da operação trouxe consigo medidas rigorosas, conforme divulgado pelo Governo Federal. Além de multas diárias de até R$ 10 mil por pessoa que permanecer na área, a ação inclui a retirada forçada de gado e o desmonte de imóveis não-indígenas. O STF, por meio de decisões do ministro presidente Luís Roberto Barroso, ratificou a legalidade da desintrusão, não admitindo mais discussões sobre o assunto. A nova fase, no entanto, iniciou-se com a destruição de propriedades e o abandono de animais.
Nas incursões a imóveis rurais em Apyterewa, agentes federais deram início ao desmonte de construções, deixando alguns moradores em situação de desespero. Choros e relatos de incerteza sobre o futuro foram compartilhados nas redes sociais por residentes que se viram obrigados a abandonar a área. Propriedades, inclusive de pequeno porte, foram completamente destruídas, evidenciando o impacto dramático da operação.
Enquanto a desintrusão gera críticas e preocupações, o Governo do Pará mobiliza esforços para criar um mutirão de atendimentos às famílias desalojadas. A Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) está facilitando o acesso a benefícios sociais e programas de apoio. O programa Alepa Itinerante e o Mandato Móvel do deputado estadual Torrinho Torres (Podemos) integram os esforços para oferecer suporte às comunidades afetadas na transição para novas realidades. (A Notícia Portal, Ana Luiza Oliveira)