Transações realizadas no Instituto de previdência de Santana do Araguaia (IPRESA) no período de 2013 a 2016 sob gestão de Giovanni Espíndola Thomas, ocasião em que o prefeito era Eduardo Alves Conti ‘Eduardo da Machado’ (MDB), resultaram em um prejuízo para o órgão, de mais de 20 milhões de reais, o dinheiro descontado dos salários dos servidores para ser aplicado nas aposentadorias dos mesmos, tomou rumo incerto. Agora o inquérito IPL 0092/2019 da Polícia Federal investiga o caso para saber onde foi parar o dinheiro e qual o envolvimento do ex-prefeito e do ex-presidente do IPRESA.
ENTENDA: No início do mandato de Eduardo da Machado, especificamente em 03 de maio de 2013 diretores do IPRESA á época, fizeram a primeira transação, transferindo R$ 1.8 milhões para a corretora de valores Walpires, de São Paulo. Mas esta não seria a única, no dia 10 do mesmo mês e ano, só de uma vez – mais R$ 15 milhões foram tirados da conta do instituto e depositados para a corretora e no dia 25 de maio do último ano de gestão do prefeito Eduardo, mais R$ 3 milhões foram retirados da conta do IPRESA e repassados para Walpires.
A corretora deveria ter feito investimentos comprando títulos da dívida pública, o que seria uma operação sadia e ordinária – com o dinheiro do instituto, mas ocorre que os títulos nunca foram comprados e o dinheiro desapareceu. Mesmo sem a comprovação dos investimentos que deveriam ter sido feito pela corretora, os diretores do IPRESA com o aval do então prefeito Eduardo da Machado, continuaram as operações de repasse do dinheiro do IPRESA.
Também deram o aval para a realização dos saques, os diretores Everaldo dos Praseres Silva e Glaydsom Resplandes Silva. Os conselheiros Rosa Mônica Brito, Luana da Silva Carvalho, Rosilene Fernandes Soares e André Alves Pereira também deram aval a tramitação, assinando as permissões. Nos documentos assinados por diretores e conselheiros do IPRESA o dinheiro deveria ficar sob gestão da corretora até o ano 2045.
Em 2018 a corretora de valores entrou com liquidação extra judicial e sofreu intervenção do Banco Central, ou seja, a Walpires faliu e não tem patrimônios para pagar os valores que estavam indevidamente sob sua responsabilidade.
PROVIDENCIAS: Ao tomar conhecimento da irregularidade o prefeito Zé do Quinca (PL) exonerou Giovanni Spindola do cargo de presidente do instituto e determinou a abertura de uma sindicância para apurara as irregularidades, como também mandou que fosse informado o fato oficialmente ao Ministério Público do Estado e Federal, Polícia Federal, Secretaria da Previdência Social e Tribunal de Contas do Municípios do Estado do Pará
CONTRADITÓRIOS: Nossa reportagem tentou ouvir os citados – Giovanni Spíndola, atendeu ao telefone, mas no início da conversa a ligação caiu, e não conseguimos mais contato; o ex-prefeito Eduardo da Machado; Rosa Mônica; Rosilene Alves; André Alves; Everaldo Praseres e Luana da Silva não atenderam ao telefone, ou o telefone estava desligado. Foi deixado recado, mas nenhum retornou. (Da Redação)