O programa de rastreabilidade da cadeia da pecuária, anunciado pelo governador Helder Barbalho na COP 28, em Dubai, tem como um de seus objetivos centrais garantir a competitividade dos produtores no Estado. Nesta terça-feira (5), o governador reforçou os objetivos do programa, que é pioneiro no país, durante o painel “Sistemas agroalimentares: cadeias produtivas sustentáveis, bioeconomia e inclusão produtiva”, no pavilhão do Consórcio dos Governadores da Amazônia Legal do Brasil.
O evento contou com a presença de Wilson Lima, Governador do Amazonas, Mauro Mendes, Governador do Mato Grosso, Marcos Rocha, Governador de Rondônia, Clécio Luís, Governador do Amapá, Gladson Cameli, Governador do Acre. Também participaram da agenda Tiyu Uyunkar, Governador de Morona Santiago, Equador, Mauricio Vila Dosal, Governador de Yucatán, México, Francisca Arara, liderança indígena e secretaria de povos indígenas do Acre, Colleen Sacanlan, Diretora do GCF Task Force e Gabriel Delgado, Representante do IICA, Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA).
Em seu discurso, o chefe do Executivo Estadual destacou a necessidade de intensificar incentivos à cadeia, investindo em tecnologia e sustentabilidade nas vocações existentes e na floresta como ativo econômico dentro da sociobioeconomia.
“Na lógica da produção alimentar, o Estado tem atuado primeiro na pecuária, para assegurar integridade nessa atividade. Somos o segundo maior rebanho bovino do Brasil. E nesta COP nos demos um passo fundamental no conceito da pecuária sustentável. A partir de um decreto, nos estabelecemos que, até 2026, toda a pecuária bovina do Estado será rastreada do nascimento ao abate. O intuito é que possamos permitir com que a atividade permaneça sustentável sob o ângulo ambiental, mas sustentável também sob o ângulo de sua imagem. Para que o consumidor e a indústria da carne saibam de quem estão comprando e de quem estão consumindo. E para tal, o Estado firmou parceria com o fundo Bezos e com o fundo JBS”, destacou Helder Barbalho.
Rastreabilidade
O conceito de rastreabilidade do sistema de controle de animais, permite sua identificação individual desde o nascimento até o abate, registrando todas as ocorrências relevantes ao longo de sua vida, foi amplamente reforçado pelo governador.
“Produtores da agricultura terão no Estado o suporte para esta rastreabilidade. O produtor não pode enxergar nisso o obstáculo para a sua criação. O produtor ganha mostrando as suas boas práticas e com isso ganha também em competitividade e se habilita a vender para o mercado internacional, gerando demanda e, acima de tudo, agregando valor”, detalhou Helder.
O governador adiantou ainda que, nesta semana, o Pará apresentará metas para sistemas agroalimentares a serem cumpridas até a COP 30, em 2025.
“O Pará apresentará no dia 8 as suas metas a respeito dos sistemas agroalimentares, com foco na agricultura regenerativa do Estado, inclusive tema desta COP 28. Ontem tive a oportunidade de participar de um painel organizado pela presidência do evento, onde ali abordávamos os desafios globais da regeneração com o uso da agricultura e falava das metas da Amazônia e particularmente do Pará”, adiantou. (A Notícia Portal/ Agência Pará)