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Polícia Federal fecha garimpos ilegais em Ourilândia do Norte e encontra trabalhadores em condições análogas à escravidão

Além do impacto ambiental, o município de Ourilândia do Norte teve o sistema de abastecimento de água comprometido por causa dos garimpos.

Segundo a PF, até o começo da manhã, seis garimpos de ouro clandestinos haviam sido fechados

A Polícia Federal em Redenção, Sudeste Paraense, deflagrou nesta quarta-feira, 28, a Operação “1200”, que teve por objetivo combater crimes ambientais, extração ilegal de minérios e trabalho escravo na zona rural do município de Ourilândia do Norte. Ao todo, estão sendo cumpridos 26 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal de Redenção.

Segundo a PF, até o começo da manhã, seis garimpos de ouro clandestinos haviam sido fechados e duas pessoas foram presas em flagrante. Foram apreendidos, até agora, nove escavadeiras hidráulicas, motores de sucção, diversos apetrechos de garimpo, mercúrio, uma pequena quantidade de ouro, armas, munições e documentos contendo dados sobre a contabilidade das atividades.

Além do impacto ambiental, o município de Ourilândia do Norte teve o sistema de abastecimento de água comprometido

Diversos trabalhadores foram encontrados em condição degradante de trabalho. A ação conta com a participação de pouco mais de cem Policiais Federais, dentre eles nove integrantes do Comando de Operações Táticas (COT), grupo de elite da Polícia Federal, um helicóptero Esquilo, do Comando de Aviação Operacional da Polícia Federal (CAOP), dois procuradores do Ministério Público do Trabalho e um Procurador da República.

Desde o início do ano de 2019 a área da referida Fazenda 1200 e áreas da União em seu entorno estão sendo exploradas ilegalmente por garimpeiros, de acordo com as investigações. A atividade representa risco à saúde dos trabalhadores pelo uso indiscriminado de mercúrio, causa desmatamento, polui leitos de rios e causa danos irreparáveis à fauna e flora do local atingido.

Além do impacto ambiental, o município de Ourilândia do Norte teve o sistema de abastecimento de água comprometido em razão da poluição do Rio Águas Claras. O projeto de captação de águas é uma parceria firmada entre a FUNASA e o município, no valor aproximado de vinte e quatro milhões de reais, e encontra-se paralisado. O dano ambiental será quantificado, posteriormente, pela Perícia da Polícia Federal. A operação continua ao longo do dia. (O Liberal)

 

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