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Partido de Jair Bolsonaro contestou as urnas usadas na eleição e os indícios de irregularidade apresentadas não foram suficientes para o convencimento do TSE

Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Por unanimidade, o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral confirmou, nesta quinta-feira (15), a condenação do Partido Liberal (PL) ao pagamento de multa de R$ 22,9 milhões por litigância de má-fé. No julgamento, o Plenário rejeitou o recurso do partido e confirmou decisão do presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, que já havia negado a liminar. De acordo com a decisão de Moraes, a legenda não apresentou quaisquer indícios e circunstâncias que justificassem a instauração de uma verificação extraordinária em urnas eletrônicas utilizadas no segundo turno das Eleições 2022.

Ao confirmar a decisão, o Plenário também endossou o imediato bloqueio do Fundo Partidário do PL até o efetivo pagamento da multa, com o depósito do valor em conta judicial. A Corte negou o pedido do PL para parcelar o valor, ficando vencido, apenas neste ponto.

O Plenário apoiou, ainda, o envio de ofício à Corregedoria-Geral Eleitoral para instauração de procedimento administrativo e apuração de responsabilidade de eventual desvio de finalidade do uso da estrutura partidária, inclusive do Fundo Partidário, e especialmente das condutas do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e de Carlos César Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal (IVL). Isso com o objetivo de averiguar a prática de crime comum e eleitoral com a intenção de tumultuar o regime democrático.

Finalmente, o TSE determinou a remessa de cópia do processo para o Inquérito nº 4.874/DF, em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF), para investigação de Costa Neto e Carlos Rocha.

No voto, Moraes informou que o montante da multa aplicada, aliado à forma de pagamento proposta – com o bloqueio das contas da legenda e a suspensão do Fundo Partidário -, busca garantir a efetividade da condenação e prestigia o caráter pedagógico da sanção. “Um dos grandes desafios da democracia é combater teorias conspiratórias e qualquer outro tipo de conteúdo manipulado ou falso que tem como objetivo influenciar o resultado de votações, criando um cenário desastroso de ruptura social”, disse o presidente da Corte.

Fonte: Band News

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