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Pará registra número histórico e bate recorde de doação de órgãos e de córneas, segundo Sespa

Entre os meses de janeiro a abril, foram realizados 190 transplantes, sendo três de fígado, 24 de rim, 163 de córneas. Segundo a secretaria, 100 famílias paraenses autorizaram doações

Profissionais da saúde em sala de cirurgia. Foto: Bruno Cecim / Ag. Pará

Um aumento histórico de doação e transplantes de órgãos e córneas foi registrado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Central Estadual de Transplantes do Pará (CET-PA), nos quatro primeiros meses de 2023. Entre janeiro a abril, foram realizados 190 transplantes, sendo três de fígado, 24 de rim e 163 de córnea.

Segundo a Sespa, estes procedimentos de alta complexidade só foram possíveis de serem realizados devido ao ato generoso de 100 famílias paraenses, que autorizaram as doações. Destas, foram captados 222 órgãos e tecidos, o que resultou em 190 transplantes, superando a marca do mesmo período dos últimos dois anos, de acordo com os registros oficiais.

“Nos primeiros quatro meses de 2021, o Pará realizou apenas três doações; no ano passado, o número subiu para 13. A mudança significativa veio em 2023, com um aumento de 87 doações. Vale ressaltar que em um único doador podem ser captados mais de um órgão”, explicou a secretaria.

Segundo a coordenadora da Central de Transplante, Ierecê Miranda, o Pará teve o melhor quadrimestre da história no número de doadores de órgãos e de córneas. De 2021 para 2022, o índice cresceu 72%, passando de 28 para 101 doadores, e em apenas quatro meses de 2023 foi registrado o mesmo número de doadores alcançado ao longo dos 12 meses do ano passado.

Incentivo às doações Uma das estratégias adotadas pela secretaria para aumentar o número de doações foi disponibilizar equipes da Central de Transplante para acompanhar os profissionais da Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) dentro dos hospitais.

“Com isso, eles podem auditar os prontuários de pacientes críticos para identificar possíveis escapes de potenciais doadores, apontar e elaborar melhorias em conjunto com os hospitais para aumentar as notificações de morte encefálica e, consequentemente, aumentar a doação de órgãos”, disse Ierecê Miranda.

A comissão de doação de órgãos é formada por profissionais do próprio hospital e é responsável por notificar os óbitos à Central de Transplantes, além de conduzir o processo de doação de órgãos.

“A Sespa incluiu a criação da Comissão Intrahospitalar como item obrigatório nos novos contratos com as organizações sociais que administram hospitais estaduais”, pontuou a coordenadora.

Outra medida adotada pela Sespa foi retomar a articulação com o Instituto Médico Legal (IML) da capital e o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO), que visa divulgar e estimular a doação de córneas dentro do próprio Centro de Perícias. O projeto foi iniciado pela Central de Transplantes e conta com o apoio do banco de olhos do Hospital Ophir Loyola.

“Esta parceria vem sendo a grande protagonista do aumento da doação de córneas no estado e é responsável por 89% do total de doadores de órgãos e tecidos efetivados, assim como 86% do total de transplantes realizados neste período de 2023 foram de córneas e 14% de órgãos”, explicou Ierecê.

De acordo com a Sespa, atualmente, 10 comissões e uma Organização de Procura de Órgãos atuam em conjunto com a Central Estadual de Transplantes. “Seja doador de órgãos, avise sua família. A doação de órgãos salva vidas”, reforçou a coordenadora. (A Notícia Portal / G1 Pará)

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