A Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção Xinguara, no sul do Pará, realizou neste sábado (13) o IV Prêmio Frei Henri de Direitos Humanos. O evento, ocorreu no período da noite e contou com a parceria da Comissão Pastoral da Terra e do MST . A premiação, que ocorre anualmente, esse ano teve sua IV edição com o tema: “O protagonismo das Mulheres na Defesa dos Direitos Humanos”.
Três mulheres foram premiadas: Sueli Aparecida Bellato, Ayala Lindabeth e Luana Thomaz de Souza.
Luana Thomaz de Souza:
é Luana Thomaz de Souza, ativista dos direitos humanos do Amapá, enfrentou discriminação desde jovem, impulsionando seu envolvimento no movimento estudantil e feminista. Ela defende os direitos das mulheres, combate o racismo, a lgbtfobia e a violência policial, participando de projetos como a Clínica de Atenção à Violência. Na Universidade, coordena grupos de estudos e projetos pelos direitos humanos e da população LGBT.
Ayala Lindabeth é educadora popular e ativista dos direitos humanos, membra do coletivo de direitos humanos e da coordenação nacional do MST. Como assentada da reforma agrária, lidera a luta por terra, educação, saúde e moradia para camponeses/as, desafiando a extrema direita e sua agenda de violência.
Sueli Aparecida Bellato, advogada paulistana, defende os direitos humanos, com experiência em proteção de movimentos sociais e casos emblemáticos como o de Chico Mendes. Coordenadora da Regional da CRB em Brasília, atua em redes e observatórios de justiça e direitos humanos, além de apoiar vítimas de COVID pela Associação Vida e Justiça.
O ápice do evento foi a homenagem a Ana de Souza Pinto, conhecida como Aninha, por mais de 40 anos de dedicação à causa dos camponeses no Mato Grosso e no Pará, especialmente através de seu trabalho na CPT da Diocese de Conceição do Araguaia. Reconhecida com o Prêmio Frei Henri de Direitos Humanos em 2019, Aninha é uma figura icônica na região do Araguaia, onde militou por mais de 48 anos em prol dos produtores rurais e do movimento de mulheres. Sua imagem está profundamente ligada aos direitos humanos na região. Como socióloga, dedicou sua vida à luta pelos direitos humanos.
O PRÊMIO:
O Prêmio Frei Henri foi concebido em 2009 após uma redação vencedora nacional, destinado a homenagear pessoas que contribuem para a defesa dos direitos humanos. Sua criação foi formalizada pelo Conselho da OAB de Xinguara em 2016, sendo denominado em homenagem a Frei Henri. Frei Henri, dominicano e advogado, destacou-se na defesa dos trabalhadores rurais na Amazônia. Condenou assassinos de líderes sindicais e recebeu prêmios internacionais pelos direitos humanos. Ameaçado de morte, faleceu em 2017, sendo suas cinzas sepultadas no Pará em 2018. (A Notícia Portal, redação).