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Alepa celebra os 93 anos de conquista do Voto Feminino no Brasil

Atualmente, as sete das 41 cadeiras da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) são compostas por mulheres

Dia da conquista do voto feminino, no Brasil. Foto: Divulgação (AID/Alepa)

Nesta sexta-feira, dia 3 de novembro, comemora-se no Brasil um marco histórico: os 93 anos da Instituição do Direito de Voto da Mulher. Com mais de 200 milhões de habitantes e com a maioria da população composta por mulheres, o fato é que há muito a ser conquistado, em especial, a maior participação feminina nas tomadas de decisões da vida pública, e claro, na política brasileira.

Deputada Andreia Xarão diz querer ver mais mulheres votando, indígenas, ribeirinhas, quilombolas, etc.
Foto: Celso Lobo (AID/Alepa)

Atualmente, as sete das 41 cadeiras da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) são compostas por mulheres, e são elas: Ana Cunha (PSDB), Andréia Xarão (MDB), Cilene Couto (PSDB), Diana Belo (MDB), Lívia Duarte (PSOL), Maria do Carmo (PT) e Paula Titan (MDB).

Deputada Lívia compara luta das mulheres a uma corrida com obstáculos. Foto: Celso Lobo (AID/Alepa)

A deputada Andréia Xarão (MDB) lembrou da necessidade de maior representatividade feminina na vida política do país. “O direito ao voto, nada mais é, que enquanto cidadão poder participar da vida pública, expor a sua opinião sobre determinado tema de relevância ou não para a sociedade, e estar inserida nas decisões. São 93 anos da instituição do voto feminino no Brasil, avançamos muito, mas ainda não chegamos lá, e precisamos ver a maior representatividade do público feminino na vida pública. Queremos ver mais mulheres indígenas, ribeirinhas, de todas as cores, raças e credos, expondo a sua opinião e participando do processo democrático”, afirmou a parlamentar do MDB.

Para a deputada Lívia Duarte (PSOL), a sociedade brasileira encontra-se em uma contramaré, em especial na vida política, comparando a luta das mulheres por mais direitos e voz a uma corrida com obstáculos em que elas enfrentam inúmeras dificuldades, enquanto os homens seguem por uma estrada livre, sem qualquer tipo de obstáculo.

“Falar do voto feminino, para nós, é sem sombra de dúvidas um assunto de extrema importância e que nos emociona bastante, por tudo o que passamos para chegarmos até aqui. O sistema político nacional ainda é muito desigual e, para nós, falarmos desta data, que celebra uma conquista histórica das mulheres, de poder escolher os seus representantes sem qualquer tipo de autorização de quem quer que seja é crucial, principalmente em um poder tão sub representado que é o Legislativo”, destacou a deputada Lívia.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nas eleições de 2022, as mulheres foram maioria dentre as pessoas que marcaram presença nos colégios eleitorais. Dos 156,4 milhões de indivíduos capacitados para votar no pleito do ano passado, 82,3 milhões eram do gênero feminino, enquanto do público masculino eram mais de 74 milhões. O número de eleitoras representa 52,65% do eleitorado, já o dos homens equivale a 47,33%.

História
Até o ano de 1930, as mulheres não podiam participar do processo democrático. Após um Projeto de Lei sobre o tema tramitar no Senado, veio a liberação. Mas, com a Revolução de 30, as atividades no parlamento foram suspensas e somente em fevereiro de 1932 o voto feminino foi promulgado. Mesmo com a legalização, o trâmite seguiu burocrático e desigual, pois apenas mulheres casadas, com autorização do marido, solteiras com renda próprias ou viúvas podiam votar, tornando-se de fato amplo e irrestrito o voto feminino apenas em 1934. (A Notícia Portal/ ALEPA).

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