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CASO MISSIONÁRIA: Absolvidos já estão em liberdade. Aline disse que não quer casa da família

Como foram os primeiros momentos de liberdade após quase seis anos reclusos.

O julgamento terminou às 5h da manhã de sábado (13) e às 11h do mesmo dia, os presos absolvidos Jean Altamiro, Aline Vaz e Euzilene Alves, foram ordenados a deixar o interior do presídio, isto porque ao receber a ordem para irem embora os mesmos não tinham telefones para pedir a alguém para ir buscá-los e segundo eles a direção da casa penal não permitiu eles usarem o telefone social para avisar as famílias.

A liberação dos absolvidos na manhã do dia seguinte pegou todos de surpresa, pois era esperado que a emissão do alvará de soltura não fosse feita de imediato, e que Elzilene e Aline fossem levadas de volta para Marabá e Belém onde estavam presas antes do julgamento.

Apenas com a roupa do corpo, as mesmas que usaram durante o júri, Aline e Elzilene caminharam por dentro do setor Parque dos Buritis III, onde encontraram um lava-jato e conseguiram que um homem em uma moto levasse as duas até a casa de um amigo e em seguida se dirigissem para as casas dos familiares.

Nossa reportagem registrou parte dos primeiros momentos dos três em liberdade: Euzilene lamentava o fato de seu esposo Wesley ter sido condenado e disse “O Wesley é inocente e eu vou lutar para tirar ele de lá”, disse Euzilene. Aline Vaz, filha da missionária demonstrava um misto de alegria e tristeza, em determinados minutos ela chorava e lembrava da mãe em outro momento ela cantava hinos e dizia repetidamente “Meu Deus! Eu estou livre, eu agora sou Aline Liberdade!”. Jean, ao lado mãe recebia visitas de amigos, chorava e agradecia a Deus a todo instante pela liberdade.

Durante conversas, Aline falou muito sobre o amor pela mãe e a distância dos dois filhos, classificando como as duas maiores dores que sente. Quanto ao julgamento de pessoas nas ruas ela disse que lamenta, e que nada pode fazer. Em relação à casa da família, ele disse que quer esquecer, não quer nem passar na rua, “Deixa a casa para quem está morando nela”, disse Aline. Atualmente quem mora na casa da missionária onde aconteceu a tragédia é uma irmã de criação de Aline. Ela também repetiu por várias vezes, que pretende estudar, trabalhar muito e retomar a vida. (A Notícia Portal / da redação)

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